Tokens florestais digitais lastreados em árvores plantadas estão criando novas oportunidades de renda por meio do reflorestamento de áreas degradadas. A Abundance Token (ATK) exemplifica essa inovação ao oferecer cotas florestais que representam frações de projetos de restauração ambiental. Cada cota equivale a uma árvore nativa do Brasil – como ipê, jacarandá, cedro ou jatobá – e sua comercialização gera benefícios socioambientais, incluindo a produção de créditos de carbono.
Funciona da seguinte maneira: quando um investidor adquire uma cota ATK, 70% do valor arrecadado vai diretamente para o produtor responsável pelo plantio e manutenção da floresta. Esse modelo incentiva a restauração ecológica e fortalece a economia local, transformando a regeneração ambiental em um negócio sustentável.
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Outras iniciativas seguem a mesma lógica, permitindo que empresas e indivíduos neutralizem suas emissões de carbono ao financiar projetos de recuperação florestal. Essas ações contribuem para a mitigação das mudanças climáticas ao promover a preservação da biodiversidade e a melhoria da qualidade de vida das comunidades envolvidas.
A startup Btracer apoiada pelo Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), criou o NFT Hope Green. O token é direcionado para identificar mudas de árvores nativas e produtivas na Amazônia, mantidas por pequenos agricultores. A tecnologia usada para representar a propriedade de um item exclusivo permite que cada árvore tenha uma ficha de dados, que acompanha seu crescimento e impacto ambiental. As corporações que adquirem o ativo digital financiam o cultivo e o cuidado dessas árvores, gerando renda sustentável para o agricultor e ajudando a restaurar a floresta.
A tecnologia blockchain tem um papel essencial nesse mercado. Com seu sistema descentralizado e imutável, ela garante transparência e segurança nas transações de créditos de carbono, certificando a autenticidade dos investimentos e o impacto real das ações ambientais. Dessa forma, investidores e participantes podem acompanhar em tempo real o progresso dos projetos e a efetividade da compensação de carbono.
O uso de tokens florestais, aliado a tecnologia blockchain, representa um avanço significativo na união entre sustentabilidade e inovação financeira/tecnológica. Ao transformar a restauração ambiental em uma oportunidade econômica viável e segura, essas iniciativas demonstram como a tecnologia pode impulsionar soluções ecológicas, beneficiando o meio ambiente e a sociedade.
Fonte: PWC, Exame, Abundance Brasil