Rastreabilidade do vinho 

Rastreabilidade do vinho: vinícolas brasileiras adotaram essa abordagem por meio do processo de tokenização do ciclo produtivo.
Imagem: Pizzato/Divulgação

A tecnologia blockchain é grande aliada na rastreabilidade de cadeias produtivas agregando transparência, elevando o padrão de qualidade e autenticidade de produtos. Pensando nisso, vinícolas brasileiras adotaram essa abordagem por meio do processo de tokenização do ciclo produtivo.

Nesse processo, ocorre o registro detalhado: desde a documentação inicial da vinícola, passando pelo registro da área produtiva, identificação da parcela de plantio e especificações da uva, até as características finais do vinho, incluindo o histórico de produção. Portanto, a tokenização detalha o processo de elaboração do vinho, segundo o regulamento da Denominação de Origem Vale dos Vinhedos (D.O.V.V.).

Para ter acesso às informações registradas, é só acessar um QRCode impresso no contra-rótulo dos produtos, chegando a um site específico. A partir de lá, é possível acessar o token contendo a documentação completa da vinícola e o registro da área produtiva. 

A Dom Cândido e a PIZZATO Vinhas e Vinhos, de Bento Gonçalves (RS), são as primeiras vinícolas a tokenizar vinhos da denominação de origem. Essa iniciativa inovadora foi apoiada pelo Sebrae e iCoLab, um instituto colaborativo de blockchain. A plataforma que nasceu desses esforços ganhou o nome de Origem RS e os vinhos estão, carinhosamente, apelidados de “safra token”.

Para abastecer a ferramenta Origem RS, os técnicos usaram inicialmente dados da safra de 2022, que receberam validação da Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale). Em seguida, eles inseriram essas informações na blockchain e geraram um NFT (token não fungível), que é um certificado digital de propriedade inviolável. Depois dessa etapa, imprimiram-se rótulos dos vinhos tokenizados com o QR Code.

Vantagens da Rastreabilidade do vinho

O uso de blockhain estabelece um modelo de rastreabilidade de todo o processo de fabricação do vinho que não pode ser adulterado; agrega credibilidade e potencial crescimento de mercado para vinícolas; permite transparência para o consumidor ao ter acesso fácil às informações do produto, e, por fim, abre a possibilidade do comércio de tokens, criando um “mercado futuro de vinhos”.

Fontes: Dom Cândido, Pizzato, Globo Rural.