NFTs de impacto social

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Com os NFts de impacto social, a arte digital se mostra uma ferramenta inovadora para conectar criatividade a causas sociais e ambientais. A coleção Green Bulls Club, por exemplo, usa NFTs (tokens não fungíveis) para apoiar projetos de conservação ambiental e sustentabilidade. Cada NFT vendido representa uma peça de arte digital exclusiva, além de um apoio direto a causas ambientais como a preservação de florestas e o combate às mudanças climáticas.

A Green Bulls Club é mais uma prova de como a tecnologia blockchain, que garante a transparência e rastreabilidade das transações, pode financiar ações com impacto positivo no planeta. A cada compra de um NFT, parte da receita é direcionada para iniciativas sustentáveis, promovendo educação ambiental, reflorestamento e a preservação de ecossistemas vitais. A blockchain assegura que os recursos arrecadados cheguem de fato aos projetos apoiados, tornando as doações mais confiáveis e acessíveis.

Essa união de arte digital com engajamento social permite que a comunidade participe ativamente de causas ambientais enquanto adquire uma obra única e simbólica. Além disso, ao envolver colecionadores e investidores em um movimento coletivo, as coleções de NFTs como a Green Bulls Club ampliam o impacto social ao aumentar o alcance dessas causas e criam uma rede global de apoio à sustentabilidade.

Terras indígenas

Outro exemplo, é o projeto de venda de NFTs em prol da causa do Povo Paiter Suruí, liderado pela indígena Txai Suruí. Ela, juntamente com sua comunidade, pretende proteger 13 mil hectares de floresta entre os estados de Rondônia e Mato Grosso, área cerca de 30% superior à da cidade de Paris. Para isso, 30 monitores percorrem o território munidos de GPS e câmeras fotográficas. Em caso de uma invasão ou qualquer outra irregularidade, eles alertam as autoridades. O território é alvo constante de invasões para a extração ilegal de madeira ou simplesmente para transformar floresta em pasto.

Como esse projeto de monitoramento tem alto custo, a venda de NFTs de artistas como Paula Klien, Moara Tupinambá, Denilson Baniwa e Nelson Porto será importante para o financiamento, afinal, serão doados até 95,5% dos ganhos da venda para o Projeto do Povo Paiter Suruí. A proteção dessas áreas evita a emissão de 7 milhões de toneladas de CO2 até 2038, portanto, contribui também com o problema global relacionado às mudanças climáticas.

Além de impulsionar a conscientização ecológica, essas iniciativas incentivam novos modelos de impacto positivo, onde arte, tecnologia e preservação ambiental caminham juntas para transformar o mundo.

Fontes: Estadão e Green Bulls Club

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