
A tecnologia blockchain está sendo utilizada para a criação de um ecossistema inovador de conservação ambiental no Brasil, por meio de registros de compromissos transparentes e imutáveis, garantindo a integridade desses processos. Na prática, áreas de reserva são tokenizadas, ou seja, é criada uma NFT de patrimônio natural, o que permite o reconhecimento digital de serviços ecossistêmicos.
Um exemplo é a iniciativa da consultoria Nossa Terra Firme, que envolve a tokenização de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs). Essas áreas especiais foram criadas em 1990, como uma estratégia para promover a conservação da natureza por meio de iniciativa dos proprietários particulares. Agora, esses terrenos também podem ser transformados em ativos digitais.
A tokenização representa um trabalho adicional de conservação, ou seja, a proteção de áreas de floresta, mangue, cerrado e outros biomas originais que não estejam cobertos pelos mecanismos de proteção previstos em lei (Unidades de Conservação, Reservas Legais ou Áreas de Proteção Permanente).
Qualquer área privada a partir de 1 hectare, em qualquer lugar do mundo, é elegível para participar do programa. Esses terrenos se tornam reservas “nossas terras firmes” e são representados pela “NTF – Nossas Terras Firmes”. O token garante funcionalidades, como, por exemplo, a captação de recursos em criptoativos para estruturar, acima de tudo, novos negócios sustentáveis.
Monte Alegre
A primeira reserva tokenizada nessa empreitada da consultoria Nossa Terra Firme está em Monte Alegre, no Pará, Região Norte. Trata-se de uma área privada de três hectares, destinada à preservação do patrimônio arqueológico na Amazônia. Localizada em um ambiente sob forte pressão de soja e pecuária, a área é composta por atualmente 17 sítios arqueológicos na região. Com a proteção via NFT, há condições para fomentar o ecossistema local e sinalizar ao mundo que essa região abriga diversas áreas de riqueza patrimonial.
Fonte: BeinCrypto e Sumauma