Rastreabilidade do atum brasileiro

Rastreabilidade do atum brasileiro
Imagem: Acervo Ministério da Pesca e Aquicultura

De olho no mercado internacional de pesca marinha, o Brasil deu um passo importante em 2025. Iniciou um projeto de rastreabilidade do atum a partir de uma cooperação técnica entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), responsável pelo Sistema Brasileiro de Agrorrastreabilidade (Sibraar), a Paiche Consultoria e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A rastreabilidade é uma das boas práticas para exportação, visando atender aos padrões regulatórios internacionais e garantir a qualidade do produto.

A iniciativa é um passo importante em busca de inovação para desenvolver soluções digitais e ciber-físicas que apoiam a identificação e certificação de produtos de origem animal e vegetal. O sistema Sibraar, baseado em tecnologia blockchain, registra digitalmente todas as etapas da cadeia produtiva do pescado, de forma totalmente auditável. O monitoramento acontecesse desde a origem no mar, passando pelo beneficiamento e transporte até o consumidor final.

Esse rastreamento beneficia a economia da cadeia produtiva, abre uma oportunidade de negócios com mercados mais exigentes e impulsiona a sustentabilidade da pesca no Brasil e no mundo. Conhecer as origens e ter a transparência sobre as espécies agrega valor competitivo ao setor pesqueiro e estimula a proteção da biodiversidade marinha. 

Sibraar

O Sibraar oferece uma solução inovadora para rastrear produtos agroindustriais no Brasil. Com a tecnologia blockchain, o sistema assegura informações seguras, transparentes e confiáveis sobre a origem e o processo de fabricação dos produtos. Ao escanear o QRCode estampado na embalagem, o consumidor acessa dados detalhados desde a origem até as etapas de processamento, distribuição e comercialização. A Embrapa desenvolveu o sistema em parceria com outras instituições. A primeira aplicação ocorreu na produção de açúcar mascavo e demerara. Em seguida, o sistema expandiu para frutas, legumes, verduras e arroz. Em 2024, as aplicações se ampliaram para rastreabilidade de suínos e frangos de corte, chegando agora ao atum.

Fontes: Embrapa e ICMbio