
A startup ForestiFi, sediada em Manaus, levou a tokenização ao mercado do pirarucu de manejo por meio de sua plataforma blockchain. Investidores podem aportar a partir de R$ 25 para viabilizar a formação de estoques e a comercialização do peixe, permitindo que extrativistas aumentem sua renda e garantindo uma cadeia produtiva mais sustentável. O projeto possibilita o armazenamento do pescado durante períodos de seca e sua venda quando os rios voltam a encher.
A ForestiFi pretende captar até R$ 2 milhões para aprimorar sua tecnologia, atender às exigências regulatórias e expandir o alcance dos investimentos em tokens da natureza. A ferramenta rastreia insumos, financia estoques e facilita contratos inteligentes entre os atores da cadeia produtiva, fortalecendo a bioeconomia e contribuindo para a preservação da floresta.
No mercado gastronômico, a tokenização do pirarucu de manejo beneficia restaurantes que buscam segurança no fornecimento e garantia de origem sustentável dos ingredientes como, por exemplo, o restaurante DaSelva, em São Paulo, que aposta na culinária amazônica sem contribuir com o desmatamento. Cada vez mais, chefs e empreendedores gastronômicos estabelecem conexões diretas com produtores e valorizam a transparência dos processos, oferecendo experiências autênticas e responsáveis aos clientes.
A startup Apoena receberá os recursos dos tokens do pirarucu para comercializar produtos amazônicos em parceria com associações locais em Tefé (AM). O financiamento cobre os custos de beneficiamento e estocagem do pirarucu, permitindo melhor aproveitamento dos subprodutos e aumentando a renda local. Além de abastecer restaurantes em Manaus, a carne também será distribuída para outras regiões. A startup Navegam ficará responsável pela logística do projeto. Diante dos desafios causados pela seca extrema, a empresa investiu em melhorias no mapeamento de rotas e no acompanhamento em tempo real para garantir eficiência no transporte fluvial.
Fonte: Valor Econômico
Leia também: Valda – a vaca tokenizada