
A tokenização musical está mudando a forma de investir na indústria fonográfica brasileira. Com o Brasil figurando entre os maiores mercados de música do mundo e e um faturamento de US$ 2,86 bilhões em 2023, o setor musical atrai mais interessados em transformar sucessos de reprodução em lucros financeiros. Agora, graças à tecnologia blockchain, qualquer pessoa pode adquirir uma fração de royalties de uma música e receber rendimentos proporcionais ao seu desempenho nas plataformas.
Na prática, funciona assim: o investidor compra um token, que representa uma parte dos royalties futuros gerados por perfomances públicas e streams em plataformas de áudio. O retorno projetado varia entre 10,9 % e 23,4 % ao ano, pagos trimestralmente por até dez anos, conforme oferta do Mercado Bitcoin. O investimento inicial é acessível: a partir de apenas R$ 100, o que permite a participação de pequenos investidores num mercado antes restrito a grandes players.
O caso mais emblemático é a música “Manda um Oi”, de Simone Mendes com Guilherme & Benuto, que ultrapassou 560 milhões de streams e captou R$ 500 mil em apenas dez dias com 531 investidores, no token estruturado pela MZIC LLC e distribuído pelo Mercado Bitcoin. Em sua primeira rodada de pagamentos, a faixa comprovou o potencial de rentabilidade do modelo. No Brasil, outras músicas de grandes artistas também já foram tokenizadas, como “Deus é Muito Bom”, de Luan Santana, com retorno estimado de até 17% ao ano.
Com a tokenização musical, qualquer um pode ser investidor do mercado de músicas nacional, o que democratiza o acesso a ativos culturais, conecta artistas a financiadores e abre novas fontes de captação fora do mercado tradicional. Tudo isso, é claro, respaldado pela segurança e transparência que só a tecnologia blockchain pode oferecer, além de auditoria periódica e registro público das transações.
A tokenização desperta o interesse de diferentes perfis de investidores, especialmente aqueles que buscam diversificação dos investimentos e novas fontes de renda. É por meio dela que qualquer pessoa pode adquirir um pedaço dos royalties de sucessos nacionais, participando ativamente do cresscimento de um mercado cada vez mais digitalizado e inclusivo, além de rentável.
Fonte: Be(In)Crypto e Isto É Dinheiro