
A rastreabilidade de medicamentos garante mais segurança para pacientes e um controle eficiente para a indústria farmacêutica. Esse processo permite acompanhar um medicamento desde sua produção até a chegada ao consumidor final, reduzindo riscos de falsificação, desvio e uso de produtos vencidos.
A tecnologia blockchain desempenha um papel essencial nesse monitoramento. Funciona da seguinte maneira: sistemas de serialização atribuem códigos únicos a cada unidade de medicamento, registrando dados como data de fabricação, validade e lote. Com isso, farmácias, distribuidores e órgãos reguladores podem verificar a autenticidade dos produtos e identificar com rapidez qualquer irregularidade.
Além da segurança, a rastreabilidade melhora a gestão logística e reduz desperdícios dos medicamentos. As empresas conseguem otimizar estoques, evitar perdas financeiras e agir rapidamente em casos de recall (procedimento para recolher produtos que apresentem algum tipo de defeito ou risco à saúde e segurança dos consumidores). Já para os consumidores, o benefício é claro: mais garantia de que estão adquirindo um medicamento legítimo e seguro.
Regulamentações
No Brasil, a implementação da rastreabilidade atende a exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com objetivo de garantir um maior controle e transparência em toda a cadeia de distribuição de medicamentos. As regulamentações obrigam fabricantes, distribuidores e farmácias a adotarem sistemas de rastreamento de cada lote, detalhando desde a produção até o consumidor final.
Essas diretrizes seguem padrões estabelecidos por entidades globais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Food and Drug Administration (FDA), que impõem exigências rigorosas para combater falsificações, garantindo a qualidade dos produtos e reduzindo riscos à saúde pública.
Com a digitalização e o avanço das tecnologias, a rastreabilidade tende a se tornar ainda mais eficiente. A adoção da tecnologia blockchain permite o registro imutável de cada etapa do ciclo de vida do medicamento, evitando adulterações e facilitando auditorias em tempo real.
Fonte: Conselho Federal de Farmácia