
Já não é novidade que a tecnologia blockchain é usada para dar segurança e confiabilidade às cadeias produtivas porque possibilita a rastreabilidade. No caso da agropecuária, ela permite agregar informações que vão desde o tipo de terreno onde os animais foram criados até a qualidade do produto que chega ao consumidor. O grande impulso do uso de blockchain para rastreabilidade bovina ocorreu devido ao Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (PNIB), que tem o objetivo de implementar o sistema de identificação individual no Brasil entre 2025 e 2026. A partir de 2027, todos os pecuaristas deverão aderir ao plano.
O registro em blockchain ajuda na certificação da trajetória na produção animal, sendo que os bovinos recebem brincos codificados que carregam informações digitais. Para as fazendas, estão disponíveis esses sistemas eletrônicos (brincos) de identificação animal, além de programas computacionais que registram o desempenho zootécnico e as ocorrências sanitárias ao longo da vida do animal. No caso dos frigoríficos, há sistemas de leitura de dispositivos de identificação nos animais e geração de etiquetas para as carcaças, que, posteriormente, podem ser lidas para gerar etiquetas para os cortes, contendo a conexão com as informações dos animais. Já na perspectiva dos consumidores, a grande vantagem é o acesso às informações sobre a rastreabilidade do produto que ele deseja adquirir poderá ser feito pelo celular.
Empresas e projetos como Ecotrace, Safebeef, SertãoBlock e Muu fornecem tecnologia para rastreabilidade em bovinos. A rastreabilidade permite respostas rápidas a emergências sanitárias e fortalece a confiança dos mercados internacionais. Além disso, empodera o consumidor na identificação de diferenças no produto final e a valorização de carnes de qualidade, afinal, os registros mostram se o produto escolhido atende a todas as normas e protocolos de higiene, segurança, qualidade, bem-estar e legislação.
Fontes: Embrapa e Forbes