
A tecnologia blockchain está unindo artistas, seus fãs, marcas e serviços em um mesmo ecossistema. Nomes como Netinho de Paula, Buchecha, Fafá de Belém e MC Gui adotaram a estratégia de oferecer o “fan token”, um token de utilidade (utility token, em inglês) que dá benefícios e recompensas aos fãs. Na prática, as pessoas realizam ações de engajamento com seus ídolos como dar play em álbuns, compartilhar vídeos no WhatsApp e curtir uma faixa musical. Essas atividades, então, são recompensadas com tokens, que podem ser trocados por shows exclusivos e upgrades de ingressos, ou por produtos e serviços de parceiros, como eletrodomésticos, cursos e viagens.
Um exemplo é o superapp Luperyum, que contém tokens do cantor Luan Santana. Nesse caso, os fãs são encorajados a participar de desafios que geram engajamento e conversão em campanhas publicitárias ou de vendas, como dar play em certas músicas do ídolo nas plataformas de streaming. O projeto está ligado à Wibx, uma empresa de criptoativos voltada à criação de tokens de utilidade.
Outro caso é a Nando Reis Wallet, carteira digital que dá acesso a conteúdos exclusivos, presentes e colecionáveis. Portanto, os “Nandos” são tokens de recompensas a fãs por ações de engajamento com o artista. A operacionalização da carteira, que também inclui tokens não fungíveis (NFTs) relacionados à carreira de Nando Reis, ficará a cargo da Abrakazum Entretenimento. A empresa executa a tecnologia em parceria com o selo Relicário Produções, produtora do cantor, por meio da Moonwalk, uma plataforma especializada na criação de economias digitais.
Os fan token são apenas mais uma possibilidade de cruzamento entre o universo artístico e os ativos digitais. Há outros ídolos usando a tecnologia blockchain para tokenizar os royalties musicais. Em parceria com empresas de gestão de ativos digitais, esses artistas transformam a música em tokens.
Fontes: Época Negócios e Cointelegraph