
O financiamento coletivo – crowdfunding – se popularizou em 2006, aparentemente impulsionado pelo empresário americano Michael Sullivan, um entusiasta das iniciativas de arrecadação e fomento compartilhados. Desde então, a captação coletiva de recursos atendeu a propósitos diversos como apoio a artistas, jornalismo cidadão, pequenos negócios e empresas emergentes, campanhas políticas, iniciativas de software livre, entre outros. E, recentemente, inauguramos a era do crowdfunding tokenizado, que usa a tecnologia de blockchain para representar a participação dos investidores em forma de tokens digitais.
Esses tokens funcionam como ativos que podem conceder direitos aos investidores, como parte dos lucros da empresa, e acesso a produtos ou serviços. Assim, mais pessoas podem participar de um investimento. Ademais, a tokenização proporciona segurança e transparência nas transações, já que todas as operações ficam registradas na blockchain, dificultando fraudes por meio da rastreabilidade.
O modelo tokenizado permite que os consumidores se tornem investidores ativos na expansão da marca, por exemplo, como é o caso da Tarantino Cervejaria. Em parceria com a Mercado Bitcoin, a fábrica de cerveja independente de São Paulo lançou o primeiro ativo de Renda Variável Digital na indústria cervejeira. A cota mínima é de R$ 500 e dá direito a uma série de benefícios vinculados ao crescimento da marca.
Cada investidor receberá benefícios vitalícios proporcionais ao valor investido. Com R$ 500, por exemplo, é possível alcançar descontos no delivery vitalício e nas cervejas em eventos de produção Tarantino, boné e copo da marca. A partir de R$ 50 mil, as porcentagens de descontos serão maiores e os investidores receberão entradas para todas as festividades de produção da cervejaria, tour exclusivo pela fábrica, degustação guiada e outros brindes.
Fontes: E-Investidor Estadão e Guia da Cerveja