
Mesmo com incertezas políticas e regulatórias neste ano de 2025, o mercado de criptomoedas segue relevante no Brasil. E as moedas virtuais não são assunto só de investidores, pois tomaram conta de operações rotineiras como pagamentos por produtos e serviços em cidades turísticas. São as chamadas cidades cripto-friendly em que estabelecimentos aceitam pagamento virtual. A adesão não requer investimentos tecnológicos e torna-se atrativa para os comerciantes, empresários e, claro, para os turistas.
Um exemplo é a pequena Santo Antônio do Pinhal, no interior de São Paulo, em que 79 estabelecimentos comerciais aceitam criptomoedas. Com apenas 7 mil habitantes, a cidade turística da Serra da Mantiqueira aderiu ao modelo em uma diversidade de serviços e comércios: pousadas, docerias, restaurantes, cafeterias, massoterapia, entre outros. Adesivos identificam os estabelecimentos que aceitam criptomoedas e a novidade expande possibilidades de pagamento para os cerca de 10 mil turistas que visitam a cidade aos finais de semana.
Outro exemplo é o município de Rolante, no Rio Grande do Sul, conhecido como a Capital do Bitcoin por ser recordista em número de estabelecimentos cripto-friendly. Com uma população de 21 mil pessoas, a cidade tem 209 comércios que aceitam moedas virtuais. Essas duas cidades compõem o Bitcoin Map (BTC Map), que permite ao consumidor pesquisar os comerciantes que aceitam bitcoin. Apesar da desconfiança de alguns comerciantes, esse modelo de uso das criptomoedas cresceu muito desde que se efetivou a primeira compra física nos EUA, em 2010.
Integram a lista de cidades brasileiras cripto-friendly: Jericoacoara, no Ceará, e São Thomé das Letras, em Minas Gerais. Fora do Brasil, cidades como Zurique, Singapura, Abu Dhabi, Sydney, Luxemburgo, Porto, Doha, Londres, entre outras, aceitam criptomoedas em vários estabelecimentos.
Fontes: Exame, Coinext, Forbes