A pandemia da Covid-19 foi um marco no desenvolvimento de processos para imunização em massa, por isso, balizou os estudos e aplicações da blockchain nessa cadeia de suprimentos. Em especial, o uso da tecnologia para o controle de resfriamento de vacinas, um parâmetro fundamental para manutenção de qualidade e segurança. Mas, afinal, por que blockchain para garantir a rastreabilidade na temperatura de vacinas?
O motivo principal é a necessidade de construir um sistema indubitável e público para a cadeia das vacinas. Esse fluxo precisa ser abertamente verificável e orientado por consenso, com integridade imutável de dados, sem uma única fonte de controle. Outro motivo é que soluções de saúde pública, a exemplo das vacinas, precisam ser distribuídas equitativamente e eficientemente, com níveis de escalabilidade globais. Tudo isso pode ser garantido pelo registro em blockchain.
O processo depende do uso de dispositivos IoT (Internet of Things – Internet das Coisas), que estabeleçam o monitoramento de temperatura (termômetros digitais, sensores) e precedam o registro verificável. O objetivo de integrar essas tecnologias à cadeia das vacinas é reduzir as taxas de desperdício, eliminar rupturas de estoque e garantir a distribuição.
A rastreabilidade de temperatura de vacinas é apenas uma das possíveis integrações entre sistemas de informação e saúde. Recentemente, o professor Cristiano André da Costa, do Programa de Pós-Graduação em Computação Aplicada (PPGCA) e do SOFTWARELAB (Núcleo de Excelência em Inovação de Software da Unisinos) da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), trouxe um panorama de como a tecnologia blockchain tem sido usada para outras aplicações em healthcare, garantindo transparência e rastreabilidade de dados. Leia a entrevista completa aqui.
Fontes: Febraban Tech, A Blockchain-Based Solution for COVID-19 Vaccine Distribution e BlockColdChain: Vaccine Cold Chain Blockchain.