Rastreabilidade do açúcar mascavo

Rastreabilidade do açúcar mascavo
Imagem: Canva

As possibilidades de rastreabilidade da cadeia produtiva usando tecnologia blockchain no Brasil são infinitas e, só para citar alguns exemplos, temos o rastreio de bovinos, algodão, vinhos e peixes. A adoção desses sistemas transforma a gestão nas propriedades rurais brasileiras, impulsionando, inclusive, a abertura de novos modelos de negócios e contribuindo para um agro mais transparente e sustentável. 

Os benefícios da rastreabilidade já são conhecidos: capacidade de garantir a replicabilidade e a transparência para as informações da cadeia de produção – desde informações de manufatura às características químicas de cada lote de produtos.

Um exemplo é a rastreabilidade do açúcar mascavo feita na Fazenda São Benedito, no interior de São Paulo. Honrando o legado da avó, que se dedicou especialmente a este produto, a gestora da fazenda, Mariana Abdalla Granelli, iniciou o desenvolvimento de açúcar mascavo com padrão de qualidade e rastreabilidade. A fazenda tem tradição no cultivo da cana-de-açúcar para a produção de etanol, cachaça, xarope de cana e, mais recentemente, açúcar mascavo.  

Este último produto, por sua vez, elevou a gestão de Mariana a outro patamar quando ela, com a chancela da Embrapa, estabeleceu a rastreabilidade por blockchain, garantindo segurança alimentar e controle de qualidade. Mariana venceu, em 2024, a 7ª edição do Prêmio Mulheres do Agro (PMA), uma iniciativa da Bayer e da ABAG (Associação Brasileira do Agronegócio), sendo reconhecida pelo trabalho com o açúcar mascavo.

À reboque da rastreabilidade como uma prática ESG (ambiental, social e governança), a Fazenda São Benedito também aproveita os subprodutos da cana, como a biomassa e a torta de filtro. Essas ações impulsionam as certificações de sustentabilidade e fortalecem a governança.

Fonte: EPTV, Prêmio Mulheres do Agro.