Autenticação de peças eletrônicas

Autenticação de peças eletrônicas
Imagem: Bermix Studio/ Unsplash

A indústria eletrônica enfrenta desafios crescentes para verificar a autenticidade de peças e garantir que elas atendam a padrões de qualidade. O consumidor final, na maioria das vezes, não é capaz de avaliar o risco existente, muito menos se o componente ou dispositivo é seguro em vários aspectos. Por isso, a tecnologia blockchain pode ser uma aliada, pois apresenta a vantagem do registro inviolável, garantindo rastreabilidade da origem e evitando falsificação.

Este modelo de autenticação de peças eletrônicas, geralmente, é implementado com uso de Funções Físicas Não Clonáveis (PUF). Estas, por sua vez, permitem a geração de uma chave criptográfica forte, pois utilizam características físicas únicas de cada componente semicondutor, aumentando consideravelmente a segurança, simplicidade, proteção da propriedade industrial e a possibilidade de autenticação remota dos dispositivos.  

Cada componente eletrônico pode ser associado a um identificador único, como um código QR ou RFID, que é registrado no blockchain. Isso permite que qualquer pessoa, em qualquer ponto das cadeias de suprimento e logística, verifique a autenticidade e o histórico da peça. Empresas como Oracle e IBM já utilizam sistemas de autenticação de peças.

Vantagens para fornecedores, fabricantes e consumidores

Por exemplo, um fabricante pode verificar se um microchip realmente veio de um fornecedor certificado, garantindo a confiabilidade do produto. Já o fornecedor de matéria-prima pode registrar as informações da atividade extrativista. É o caso das mineradoras de metais raros – usados em chips e baterias – que registram na blockchain detalhes como a localização da mina e as condições de trabalho em que ocorreu a extração.

Outra vantagem é a possibilidade de reciclagem dessas peças, considerando que os dados registrados permitem a compreensão do ciclo de vida desses dispositivos. Consumidores e empresas de reciclagem podem obter informações sobre como desmontar e reciclar produtos eletrônicos de forma eficiente. Isso promove a economia circular e incentiva práticas mais sustentáveis, alinhando o setor às crescentes demandas por responsabilidade ambiental. Por fim, a autenticação de peças eletrônicas também reduz o tempo gasto em auditorias e inspeções, já que que todas informações estão disponíveis, organizadas e transparentes.

Fontes: Acritica, Unifei