Rastreabilidade de diamantes

rastreabilidade de diamantes
Imagem: Viktor Mindt /Unsplash

Transparência, autenticidade e confiança, da mina ao varejo de joias. Esta é uma realidade das empresas que comercializam e beneficiam diamantes usando a tecnologia blockchain no processo de rastreamento da produção. O grande desafio dessa indústria sempre foi manter o registro da origem das pedras, problema que pode ser solucionado com o armazenamento de informações em cada etapa da cadeia produtiva.

Desde 2024, os países do G7 passaram a exigir mecanismos de verificação e certificação de diamantes brutos para provar a origem, especialmente para saber se as pedras são extraídas de zonas de conflito. Portanto, a iniciativa dessas grandes nações incentivou ainda mais a busca por soluções, a exemplo do uso de blockchain para rastreabilidade do diamante. A tecnologia ajuda a garantir que cada pedra esteja em conformidade com os padrões para venda, com a certeza de que é proveniente de uma fonte confiável e ética. 

Além disso, a blockchain dá transparência à fonte de pagamentos e protege a cadeia de suprimentos contra transações ilegítimas. Tradicionalmente, os comerciantes de diamantes dependiam de certificados para comprovar a autenticidade, um processo manual e sujeito a erros. A tecnologia blockchain cria registros digitais imutáveis, que são mantidos transparentes e acessíveis.

Para os varejistas, além da garantia de origem, há possibilidade de controle de estoque, visualizando a escassez ou abundância de diamantes em períodos específicos. Já os clientes (da indústria de diamantes ou de joias) se beneficiam de um legado de confiabilidade. Isso os incentiva a pagar até mais por diamantes que carregam informações de origem.

Contexto mundial e brasileiro

Empresas de diamantes e ouro de vários países juntaram-se à IBM para desenvolver tecnologia blockchain para rastreamento. A iniciativa conjunta, chamada de Trust Chain, tem como objetivo facilitar, para os consumidores finais, o rastreio de diamantes e metais preciosos. No Brasil, um projeto de lei em andamento no Congresso Nacional cria o Sistema Nacional de Rastreabilidade de Minerais Estratégicos (SNRME). A blockchain é uma das tecnologias que vai passar por estudo para implantação do projeto de rastreabilidade da cadeia de minerais estratégicos: extração, transporte, beneficiamento, comercialização e exportação. A proposta é que o SNRME emita um E-Selo com dados de cada pedra.

Fonte: Laxmidiamond, Forbes, LiveCoins