Tradicionalmente, o pagamento internacional entre empresas (B2B, ou seja, entre empresas) enfrenta desafios como altos custos, lentidão e falta de transparência. Transações B2B costumam depender de múltiplos intermediários e sistemas complexos, gerando atrasos e aumentando os riscos de erros ou fraudes. Por isso, soluções que utilizam blockchain têm ganhado espaço, oferecendo segurança e visibilidade em todo o processo.
Na prática, o pagamento internacional entre empresas com blockchain funciona assim: quando uma empresa precisa enviar recursos para outro país, a transação é registrada diretamente na rede de blockchain. Cada passo do processo, desde a emissão do pagamento até a confirmação do recebimento, fica registrado na blockchain. Diferente dos sistemas tradicionais, com a blockchain a transferência é quase instantânea. Além disso, as moedas digitais ou tokens usados na rede podem simplificar a conversão entre moedas diferentes e reduzir taxas, o que torna o processo mais rápido e econômico. Dessa forma, empresas conseguem movimentar fundos internacionalmente com menor risco de erro, maior visibilidade sobre os recursos e liquidação imediata.
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Empresas que já adotam a tecnologia
No Brasil, diversas fintechs estão inovando nesse setor. A Nuvei, em parceria com Rain, BitGo e Visa, desenvolveu uma plataforma de pagamentos em blockchain para empresas da América Latina. Essa solução permite o uso de stablecoins, como USD Coin (USDC), para liquidações globais mais rápidas e com menor dependência de sistemas de pagamento tradicionais. Outras empresas, como EBANX e Bitso, também oferecem serviços que facilitam transferências internacionais, integrando métodos locais como Pix e criptoativos, reduzindo custos e acelerando o fluxo financeiro entre fronteiras.
Fora do Brasil, a Mastercard e o JP Morgan anunciaram, em novembro de 2024, uma colaboração estratégica que integra suas plataformas de blockchain: o Multi-Token Network (MTN) da Mastercard e o Kinexys Digital Payments do JP Morgan. Essa união visa transformar os pagamentos internacionais entre empresas, tornando-os mais ágeis e eficientes. Com essa integração, as empresas podem realizar transações por meio de uma única API (Interface de Programação de Aplicações, em português), simplificando o processo e reduzindo a necessidade de intermediários.
Fonte: InvestNews