O Mecanismo de Solidariedade FIFA, um dispositivo criado para remunerar clubes que contribuem para a formação de atletas em estágio inicial de carreira, foi transformado em um ativo digital por meio da tokenização, utilizando smart contracts registrados em blockchain. Essa é uma estratégia para que clubes formadores de jogadores de futebol (entre 12 e 23 anos) sejam recompensados pelo investimento, tendo direito a 5% sobre o valor de todas as negociações futuras que envolvem esses atletas.
Quando se realiza a tokenização do Mecanismo de Solidariedade, é criado um token que representa uma fração do valor recebido pelo clube formador, é criado um token que representar uma fração do valor recebido pelo clube formador no momento da negociação dos jogadores. O token concederá parte dos direitos creditórios relacionados aos atletas formados pelo clube que realizou a tokenização do mecanismo.
Vejamos como acontece o processo no caso do clube formador:
1 – Clube formador vende o jogador para outro clube;
2 – O jogador negociado já faz parte do segundo clube e pode ser transferido mais uma vez para um terceiro clube;
3 – Assim, todas as vezes que o jogador for transferido para um novo clube, o primeiro clube ainda possui direito sobre uma parcela do valor negociado.
Vejamos como acontece o processo no caso do investidor:
1 – Compra uma quantia de tokens e recebe os direitos;
2 – O jogador, que já foi transferido uma vez, é transferido para um novo clube. Sendo assim, o clube formador recebe uma porcentagem do valor da transferência de acordo com o mecanismo de solidariedade FIFA e o investidor recebe seu retorno.
Os investidores recebem um retorno proporcional ao número de tokens adquiridos na data de cada pagamento. O Mecanismo de Solidariedade FIFA só passa a valer quando o atleta já está fora do clube formador. Ou seja, no momento em que ele for transferido do clube formador para o primeiro clube – a primeira transferência – não se enquadra no Mecanismo de Solidariedade. O retorno do investimento dependerá da avaliação e do desempenho do atleta no clube, o que irá influenciar na probabilidade de ele ser transferido para outros times e a quantia paga no momento da negociação.
Fontes: Exame e Cointelegraph