Agora, investidores podem apoiar a educação com retornos claros e transparentes garantidos pela tecnologia blockchain. Por outro lado, estudantes podem financiar sua trajetória acadêmica com alternativas aos empréstimos tradicionais. Por meio da tokenização, edtechs e plataformas de ativos digitais estão criando condições mais acessíveis para fomentar o ecossistema de ensino e educação continuada.
Um exemplo é o Yascoin, um ativo inédito de Renda Variável Digital vinculado ao pagamento dos estudos e à remuneração futura de uma aluna de um dos MBAs mais prestigiados do mundo. O token foi criado pela Mercado Bitcoin para apoiar a carreira de Yasmin Hund, de 27 anos, que trabalhou por três anos na empresa, com excelentes resultados, e demonstrou ter potencial de crescimento profissional.
O nome do token, claro, é uma homenagem à estudante, que ingressou no Master Business Administration (MBA) da INSEAD, na França, considerado o 2º melhor do mundo. A instituição exige dedicação integral pelo período de um ano e, por isso, Yasmin estava em busca de financiamento estudantil. Com o token, a jovem captou, junto aos investidores da Mercado Bitcoin, o valor que precisava para realizar o curso. Ela entregará aos investidores até 20% do seu total compensation (todos os valores que ela receber profissionalmente) após a conclusão do curso, com ganho de até 2,5 vezes o valor investido – o retorno máximo será escalonado anualmente, de modo que a dívida possa ser quitada até o limite de 10 anos.
Educação descentralizada
Outro exemplo na área da educação é o trabalho da Indeed (Instituto de Educação Descentralizada), uma startup de educação descentralizada (edtech). Estudantes de diferentes níveis de graduação e interessados em aprofundar conhecimentos em geral podem financiar o pagamento de cursos, workshops, desenvolvimento de pesquisas e treinamentos diversos usando tokens de criptoativos emitidos com base no próprio desempenho educacional e nos incentivos de empresas e entidades de ensino.
É a gamificação unida à tokenização. Quanto melhores as notas, o aproveitamento e o engajamento do aluno nas atividades discentes, mais tokens ele acumula para usar como moeda na redução de mensalidades ou no pagamento de cursos de idiomas e atividades extracurriculares vinculadas ao ecossistema.
Nesse caso, a tecnologia blockchain traz transparência, segurança e rastreabilidade ao uso dos tokens, de acordo com a programação prévia dos contratos inteligentes, impedindo que sejam utilizados para outros fins que não os educacionais. O lucro da atividade será revertido para fundos de endowment, constituídos com o objetivo de custear bolsas de estudo integrais ou parciais, no país e no exterior, pesquisas científicas e outras iniciativas do setor.
Fontes: Portal do Bitcoin e Valor Econômico